O câncer de pele é uma das doenças que mais acometem pessoas no Brasil, representa 30% de todos os tumores malignos registrados no país, em média são diagnosticados 185 mil novos casos por ano, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Desde 2014, no período de dezembro é reforçada a importância da prevenção do câncer de pele.
Pode ser definido como um desenvolvimento anormal das células da pele, que ocorrem quando elas se multiplicam de forma constante até gerar um tumor. A pele é o maior órgão do corpo humano, que pode ser dividido em duas camadas: epiderme (parte externa) e a derme (parte interna). Por proteger o organismo de agentes externos, como por exemplo a luz do sol e radiações UV, acaba tendo maiores incidentes decorrentes dessa exposição excessiva. Os tipos mais comuns de câncer de pele são:
- Carcinoma basocelular – Começa nas células basais, que são responsáveis pela produção de novas células de pele. Normalmente se apresenta como um nódulo de cera branco ou uma mancha escamosa marrom em regiões expostas ao sol.
- Carcinoma de células escamosas da pele – É devido um aumento descontrolado de células escamosas anormais. Costuma ter coloração avermelhada e se apresentam na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente.
- Melanoma – É um dos tipos mais graves de câncer, começa quando os melanócitos (células produtoras de melanina) tornam-se cancerígenas. Pode afetar qualquer região do corpo, geralmente se inicia com um novo nódulo anormal ou uma mudança em uma pinta existente.
Existe uma maior predisposição em afetar pessoas que têm histórico familiar desta doença, albinos e quem tem fenótipos de pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos. Vale ressaltar que o cuidado precisa ser redobrado para trabalhadores que passam muito tempo sob exposição solar ou química.
Apesar do sol ser um dos principais fatores, trabalhadores que têm contato com piche, químicos, eletrônicos, fuligem, refino de petróleo, óleo mineral não tratado e de xisto, também precisam ficar atentos com essa exposição a químicos.
Os principais sintomas são:
- Feridas que não cicatrizam.
- Manchas que coçam, sangram ou descamam.
- Sinais de nascença ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor.
- Surgimento de manchas, pintas ou sinais.
No diagnóstico os pontos analisados são a respeito do aspecto clínico da lesão, como coloração e forma. O resultado final é com base na biópsia dos tecidos da própria lesão e da região em volta.
Quanto mais cedo for identificado, maiores as chances de cura. Por isso, fique atento aos sinais do corpo e assim que identificar um dos sintomas relatados, procure seu médico de confiança.
Hoje em dia os tratamentos estão mais avançados e podem variar conforme o tipo de câncer, tamanho e gravidade. Normalmente é feito por meio de cirurgias para remover a lesão e o tecido em volta. Em casos mais graves é realizada a quimioterapia ou radioterapia.
O cuidado é o melhor aliado para a prevenção, utilize protetor solar todos os dias, mesmo quando estiver dentro de casa. Evite exposição prolongada ao sol nos horários mais quentes, que é entre 10h e 16h. Se estiver ao ar livre, procure utilizar óculos de sol com proteção UV, chapéus, bonés, sombrinhas, guarda-sol ou acessórios que protejam o corpo.
Áreas de sombra reduzem em até 50% a intensidade das radiações UV, por isso quem trabalha ao ar livre precisa ter cuidados especiais. Como por exemplo: Utilizar chapéu, óculos com FPS, protetor solar para o corpo, rosto e lábios, evitar trabalhar nas horas mais quentes do dia e buscar locais com sombra.
Fique atento aos sintomas do seu corpo, ajude a levar a conscientização para amigos e familiares, reforce os cuidados durante o ano inteiro e em caso de qualquer dúvida ou suspeita busque atendimento de profissionais especializados.
